terça-feira, 24 de novembro de 2009
Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho,foi um importante escultor, entalhador, desenhista e arquiteto no Brasil colonial.
Com um estilo relacionado ao Barroco e especialmente ao Rococó, é considerado o maior expoente da arte colonial em Minas Gerais (comumente chamada Barroco mineiro) e no Brasil colônia em geral. Toda sua obra foi realizada em Minas Gerais, especialmente nas cidades de Ouro Preto, Sabará, São João del-Rei e Congonhas do Campo. Os principais monumentos que contém suas obras são a Igreja de São Francisco de Assis de Ouro Preto e o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos.
O mais importante dos documentos em que se baseou Bretas foi uma Memória escrita em 1790 por um vereador da cidade de Mariana. Neste documento, cujo original se perdeu, é feito um amplo relatório acerca do estado das artes nas Minas Gerais, incluindo alguns dados sobre o Aleijadinho relacionados a sua formação artística e sua participação em algumas obras[4].
A data de nascimento do Aleijadinho é motivo de controvérsia. De acordo com o biógrafo Bretas, Antônio Francisco nasceu no ano de 1730 em Vila Rica (atual Ouro Preto) na frequesia de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias, sendo filho de um afamado mestre-de-obras/arquiteto português, Manuel Francisco Lisboa, e sua escrava africana, Isabel.[4][5] O filho, nascido escravo, foi alforriado no batismo. A certidão de batismo encontrada por Bretas dá a data de 29 de agosto de 1730 para o nascimento de Antônio. As dúvidas derivam do fato de que o nome do pai que figura na certidão é Manuel Francisco da Costa, e não Lisboa, o que poderia ser devido a um erro do escrivão. Outra fonte de dúvidas é a certidão de óbito do Aleijadinho, datada de 18 de novembro de 1814, na qual consta que o artista faleceu aos 76 anos de idade. A confiar neste documento, ele deveria haver nascido em 1738.
A partir de 1777, o artista começou a sofrer os sintomas de uma misteriosa doença que lhe causou deformidades no corpo e que lhe valeram a alcunha de "Aleijadinho". Bretas diz que Antônio sofria dores horríveis e que eventualmente perdeu os dedos dos pés e teve de andar de joelhos. Também terminou por perder os dentes e os dedos das mãos, e suas deformidades teriam feito com que trabalhasse escondido por tendas para que as pessoas não o observassem. Seu escravo Maurício seria o responsável por atar a suas mãos os cinzéis com os quais esculpia[5]. Atualmente se debate que doença poderia ter causado esses problemas ao Aleijadinho, dividindo-se as opiniões entre sífilis, reumatismo, porfíria, hanseníase, lepra e poliomielite.[6] É muito provável que os sintomas devastadores descritos por Bretas sejam um tanto exagerados, uma vez que seria muito difícil que com tamanhas mutilações o Aleijadinho pudesse ter esculpido suas últimas obras em Congonhas do Campo.
Ainda segundo Bretas, o Aleijadinho morreu pobre e esquecido. Nos últimos anos de sua vida viveu na casa de sua nora Joana, que cuidou-o até a morte, ocorrida em 1814. A certidão de óbito encontrada no arquivo da Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias diz o seguinte: "Aos dezoito de Novembro de mil oitocentos e quatorze, falleceo Antonio Francisco Lisboa, pardo solteiro de setenta e seis anos, com todos os Sacramentos encomendado Boa Morte e para clareza fiz passar este assento e que me assigno O Codjor José Como. De Moraes."
O Aleijadinho foi essencialmente um escultor, trabalhando tanto no entalhe de imagens, retábulos e outros elementos de madeira (talha) como na escultura em pedra-sabão, com a qual realizou elementos de portadas de igrejas e também lavabos e estátuas de vulto. Ele também atuou como arquiteto, ainda que a natureza e significado de suas obras nesse campo sejam motivo de controvérsia.
Lista de obras
*Barão dos Cocais
*Caeté
*Campanha
*Catas Altas
*Congonhas
*Mariana
*Ouro Preto
*Nova Lima
*Sabará
*Santa Rita Durão
*São João del-Rei
*São Paulo
*Tiradentes
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Impressionismo foi um movimento artístico que surgiu na pintura européia do século XIX. O nome do movimento é derivado da obra Impressão, nascer do sol (1872), de Claude Monet.
Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os preceitos do Realismo ou da academia. A busca pelos elementos fundamentais de cada arte levou os pintores impressionistas a pesquisar a produção pictórica não mais interessados em temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade, mas em ver o quadro como obra em si mesma. A luz e o movimento utilizando pinceladas soltas tornam-se o principal elemento da pintura, sendo que geralmente as telas eram pintadas ao ar livre para que o pintor pudesse capturar melhor as variações de cores da natureza.A emergente arte visual do Impressionismo foi logo seguida por movimentos análogos em outros meios quais ficaram conhecidos como, música impressionista e literatura impressionista.
Impressionismo
O Impressionismo na Pintura
Os pintores da Academia Real Francesa expunham seus trabalhos no Salão, que era uma instituição muito antiga que emprestara seu nome do Salon Carré du Louvre. Em 1791 ao ser aberto para todos os artistas surgiram grupos muito polêmicos. Impossibilitados de exporem suas obras, os "recusados" passam a realizar exposições próprias.
Faziam parte do grupo dos recusados: Claude Monet (1840-1926), Édouard Manet (1832-1883), na realidade um percursor da tendência, August Renoir (1841-1919), Alfred Sisley (1839-1899), Edgar Degas (1834-1917) e Camile Pissarro (1830-1903).
Na exposição de no Salão dos Recusados, os críticos, formado pela burguesia, não reconhecem os valores inovadores, preferindo manter a segurança oferecida pelo do tradicional e acadêmico.
Na exposição de 1874, Edmond Renoir, irmão do pintor Auguste Renoir, dá o nome à tela "Impressão: Nascer do Sol", de Claude Monet. Foi então que o crítico Louis Leroy (1812-1885) escreveu no "Charivari", publicação política, literária e satírica popular: "Selvagens obstinados, não querem por preguiça ou incapacidade terminar seus quadros. Contentam-se com uns borrões que representam suas impressões. Que farsantes! Impressionistas!".
Surge assim o nome daquele movimento: Impressionismo. O nome carregava um cunho pejorativo. Não é, entretanto, uma denominação de todo equivocada. No título de sua obra, Monet indicava claramente seu propósito de traduzir na pintura seu próprio sentimento, antes de representar uma paisagem determinada.
Na exposição de 1874, pela primeira vez na história da arte, um grupo admite uma mulher: a francesa Berth Morisot (1841-1897)
O Impressionismo dá nova visão conceitual da natureza, baseada na experiência visual direta da natureza: ela é o que vemos ou sentimos. Não há mais uma hierarquia temática, apenas um motivo. A unidade da obra está na linguagem da pintura, nos elementos que a compõem.
A arte alegre, vibrante e moderna dos impressionistas enche os olhos de cor e luz. Eles não se preocupaam em discutiar em sua arte os dramas humanos, políticos e sociais da época. Pode-se dizer que foram alienados políticos, inaugurando uma arte de caráter decorativo. Prevalecem a luz e a cor natural, captura externamente e não mais nos interiores dos ateliês. É a presença da natureza, as transparências luminosas, a claridade das cores, o plein-air. É a sugestão de felicidade e de vida harmoniosa que transparece nas imagens criadas pelos impressionistas.
Os impressionistas procuravam retratar em suas telas os reflexos que a luz do sol produz nas cores da natureza. A fonte das cores estava nos raios do sol. Qualquer mudança no ângulo destes raios implicava uma alteração de cores e tons. Assim, os impressionistas adotaram uma concepção dinâmica da cor. A beleza - e certamente a glória do Impressionismo se faz presente ao permanecer na superfície, na aparência das coisas, na água, do corpo, da luz.
A luz solar ao incidir sobre os elementos coloridos da natureza, dá a eles diferentes tonalidades, reflete estas tonalidades no espaço ou sobre outros objetos coloridos, provocando reflexos simultâneos e colorido.
Os impressionistas eliminaram os menores detalhes e sugeriram formas menos definidas. Eles preferiam corem primárias como o vermelho, amarelo e o azul e complementares - verde, púrpura e laranja. Para realçar a qualidade de cada uma das cores, usavam a justaposição das cores primarias, que quando vistas a uma certa distância e contrastavam com uma cor complementar.
De 1874 a 1886 os impressionistas montam 8 exposições, mas sem sucesso comercial. O grupo se dispersa. Alguns deles, juntamente com artistas mais novos tentam superar as propostas básicas do impressionismo, dando surgimento ao Neo-Impresssionismo e Pós-Impressionismo.
No Brasil, o Impressionismo surgiria apenas tardia e precáriamente nas obras de alguns artistas, entre eles: Eliseu Visconti (1866-1944) e Georgina de Albuquerque (1885-1962).
Sofrendo várias alterações ao longo dos tempos, estas não alteraram o seu cunho arquitectónico.
No século XVII e século XVIII, contrastando com a austeridade das linhas góticas exteriores, a igreja foi exuberantemente decorada interiormente por talha barroca dourada.
Em seguimento à extinção das Ordens religiosas cuja lei data de 30 de Maio de 1834, a igreja serviu de armazém da Alfândega até 1839, tendo depois sido devolvida à Venerável Ordem Terceira de S. Francisco.
Vista da nave da igreja de São Francisco
Na extensa nave do templo, abrem-se dez capelas laterais, compostas por retábulos de talha dourada e policromada (século XVIII) e de estuques (século XIX). Alguns são provenientes da igreja do Convento da Graça, de onde foram salvos da ruína. No Baptistério está a pia baptismal da antiga igreja de São Pedro e uma curiosa representação do Baptismo de Cristo no Jordão, em cortiça, proveniente do antigo convento de Santa Mónica.
[editar] Capela-Mor
O retábulo da capela-mor substituíu um conjunto de pintura renascentista (presentemente disperso pelos Museus de Évora e da Arte Antiga. O retábulo actual é da segunda metade do século XVIII, em mármore, obra que contrasta com o ambiente manuelino do espaço. Nele se expõem as grandes imagens de São Francisco e São Domingos, como era hábito nas igrejas franciscanas. Nos alçados da capela estão duas belíssimas janelas marmóreas renascentistas, de onde a Família Real assistia aos ofícios religiosos (no século XVI) e um grande órgão de tubos setecentista (de Pascoal Caetano Oldovini). O cadeiral dos monges está decorado com representações de vários santos franciscanos.
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Arquitetura Maia/Asteca
Os mais desenvolvidos cientificamente e intelectualmente foram os maias: possuíam um sistema de escrita hieroglífica e atingiram grandes avanços na astronomia e na matemática. Seu calendário de 365 dias revelou-se mais exato que o utilizado então na Europa. Além disso, já conheciam o zero. Parte de seus conhecimentos foi absorvida pelos toltecas, que por sua vez os transmitiram para o resto das culturas do vale do México e para os astecas, que conseguiram vencer as cidades da Tríplice Aliança e estabeleceram assim seu império.
Ambos os povos deixaram o testemunho de sua grandeza em obras arquitetônicas colossais, representadas por templos e palácios em terraços piramidais, bem como em relevos e esculturas decorativos e suas pinturas e objetos suntuosos.
Castelo e templo dos Jaguares - arte maia Chiquén Itzá - Yucatán | Teotihuacán - arte asteca México |
Os templos e palácios das civilizações maia e asteca refletem os conhecimentos técnicos de seus construtores e artesãos. Os templos maias, principalmente os do período clássico, denotam a influência dos toltecas. Os templos astecas tinham bases quase retangulares que, superpostas, davam forma a pirâmides escalonadas, coroadas por uma plataforma, com a correspondente pedra de sacrifícios. A decoração, com figuras de deidades antropomórficas e animais simbólicos, completava o quadro.
Pirâmide truncada ou dos Nichos arte asteca - El Tajiu, Veracruz, México | O quadrilátero das monjas - arte mais Uxmal |
Os arquitetos maias implementaram certos elementos novos que, junto com um avanço tecnológico, implicaram uma diferenciação estilística: construíram seus tetos com as chamadas abóbadas falsas ou salientes, formadas pela superposição de silhares de pedra. Quanto à decoração, utilizaram o estuque de cal para fazer molduras entre tetos e paredes, que cobriam com baixos-relevos.
As residências palacianas maias possuíam galerias dispostas em forma de quadrado numa plataforma. Entrava-se no palácio por uma escadaria colossal situada na frente das aberturas da galeria central. Quanto aos palácios astecas existem poucos detalhes, já que eles foram praticamente destruídos.